sábado, 27 de março de 2010

Through the window.

Estava aqui pintando minha unha e vendo Jornal Nacional (não, não apaguei a luz para protestar contra nada. Tenho medo de escuro, meu apartamento é assombrado e meu housemate desapareceu) e estava passando sobre o caso da tal da Isabella, aquela da janela. Rimas a parte, esse foi o assunto da semana, pra todo lado que eu olhava tinha gente falando sobre isso, uma coisa um tanto quanto irritante, quantas crianças são mortas muitas vezes de modo mais cruel e ninguém nem se dá conta?! Crianças passam fome, frio, dormem em ruas, sofrem abuso...mas pera aí, essa era branca, classe média, toooooda bonitinha! Nossa, jogaram ela pela janela!! Que absurdo, como assim? Vamos até a porta do tribunal, passar a madrugada lá, protestar, uhul, vamos ver a justiça ser feita...e a vida de alguém mudou com isso? Bom, a minha não. Uma em milhões de "justiça" foi feita. Vejamos bem, muitas vezes eu tenho vontade de matar alguém, só não o faço porque sou bundona, vai que essa menina era insuportável, daquelas que faz birra, chora, rola no chão só porque não querem dar uma bala pra ela?! Vem cá, queridas amigas, vocês conseguem se imaginar de TPM, aquela das fortes, estressada e tendo que aguentar criança berrando?!! Deve ser uó...essa pode ser uma das alternativas para o ocorrido não?!

2 comentários:

  1. Concordo quando diz que várias crianças morrem todos os dias e que esse foi apenas mais um caso. É impressionante como as pessoas preferem o caminho mais fácil sempre, afinal é muito mais fácil se focar e dar atenção a apenas um caso do que se preocupar com todos os outros.
    Com relação a parte das alternativas, acho que nada justifica. Se a menina era chata, insuportável e etc. foi porque algum adulto a educou assim, então acho muito mais correto castigar o responsável pela educação mal dada. É como nos relacionamentos, acho um absurdo quem briga com o amante ao invés de brigar com o parceiro. Não é o amante que tá te traindo e sim o parceiro. Enfim...

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  2. Espero que você nao tenha filhos, Marilinha. :)
    De qualquer forma, concordo que seja uma grande idiotice esse alarde excessivo em relação a uma história de filme policial americano da pior qualidade.
    Mas a vida imita a arte, não é? Temos espectadores pra isso.

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